UNIFORMES E ARMAMENTO DAS TROPAS PÁRA-QUEDISTAS 1955-1992 - REVISTA "BOINA VERDE"




A revista “Boina Verde” tem um enorme manancial de informação sobre as Tropas Pára-quedista, foram centenas os colaboradores que ali escreveram ou publicaram fotografias e deram o seu contributo para esse legado que hoje já é história. 

É aliás uma das fontes incontornáveis para todos os que se interessam pela temática e são muitos os que ali buscam conhecimento sobre a História das Tropas Pára-quedistas Portuguesas. 

Esta publicação nasceu em 1965 no BCP 21 (Luanda/Angola), em formato jornal até 1975, e depois de um interregno voltou em 1981 em formato revista, já no Corpo de Tropas Pára-quedistas, tendo depois passado para a dependência do Comando das Tropas Aerotransportadas, Escola de Tropas Pára-quedistas e agora Regimento de Paraquedistas.  

Tive o prazer e a honra de ser seu colaborador durante muitos anos, sobretudo entre 1990 e 2007, quando ali publiquei uma centena de artigos.

Agora que muito se fala entre os pára-quedistas de questões relativas à boina verde, não a revista mas o nosso símbolo mais querido que aliás deu nome à revista, enquanto se espera – e eu acredito que o bom senso acabará por prevalecer – recordo uma série de artigos publicados em 1992 sobre Uniformes e Armamento. Tive a colaboração do Diogo de Góis Figueira nos desenhos, e vários autores para as fotos.

Estes artigos viveram muito da investigação que tinha feito para o extenso artigo dedicado aos 35 anos das Tropas Pára-quedistas Portuguesas, elaborado em co-autoria com o António Sucena do Carmo, e que a revista boina verde publicou em Setembro de 1991.  E, ainda, do que já tinha publicado em Dezembro de 1990, também no “Boina Verde”, exactamente sobre a história da «boina verde caçador pára-quedista».

Aqui ficam, os publicados nos “Boina Verde”, n.ºs 160; 161; 163; 163 (Janeiro a Dezembro de 1992).

Do que foi então escrito não posso deixar de destacar por motivos óbvios face aos últimos acontecimentos, este parágrafo e a nota de rodapé a ele associada.
(…)
Sendo certo que o factor determinante para adquirir a mística pára-quedista é a instrução, sendo aquela tanto mais sólida quanto rigorosa e marcante for esta, também é certo que fardamento e armamento constituem factores muito importantes, talvez em muitos casos decisivos, para a manutenção dessa mística. É, aliás, conhecida em todo o mundo, a luta que unidades de élite mantêm (6), geralmente «contra» a alta hierarquia (infelizmente não raras vezes pouco sensível a estes «pormenores»), pela obtenção e manutenção destes símbolos. (…)

(6) Apenas dois casos entre muitos. Os Páras dos EUA só viram a sua boina «maroom» definitivamente aprovada em 28NOV1980. As tentativas de legalização oficial iniciaram-se em 1961, sendo mesmo, em alguns períodos autorizado o seu uso e depois retirado! Desde 1981, e ao contrário do que sempre se verificou, os Páras portugueses que frequentam a Academia Militar (Exército), não são autorizados a usar os uniformes regulamentados para as Tropas Pára-quedistas.
(…)

O Boina Verde, “Revista de Informação do Corpo de Tropas Pára-quedistas”, tinha como director ao tempo o Brigadeiro Pára-quedista José Ferreira Pinto e Chefe de Redacção o Major Pára-quedista Gaspar da Chica.

Miguel Silva Machado, 27 de Julho de 2020














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