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A mostrar mensagens de julho, 2020

UNIFORMES E ARMAMENTO DAS TROPAS PÁRA-QUEDISTAS 1955-1992 - REVISTA "BOINA VERDE"

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A revista “Boina Verde” tem um enorme manancial de informação sobre as Tropas Pára-quedista, foram centenas os colaboradores que ali escreveram ou publicaram fotografias e deram o seu contributo para esse legado que hoje já é história.  É aliás uma das fontes incontornáveis para todos os que se interessam pela temática e são muitos os que ali buscam conhecimento sobre a História das Tropas Pára-quedistas Portuguesas.  Esta publicação nasceu em 1965 no BCP 21 (Luanda/Angola), em formato jornal até 1975, e depois de um interregno voltou em 1981 em formato revista, já no Corpo de Tropas Pára-quedistas, tendo depois passado para a dependência do Comando das Tropas Aerotransportadas, Escola de Tropas Pára-quedistas e agora Regimento de Paraquedistas.   Tive o prazer e a honra de ser seu colaborador durante muitos anos, sobretudo entre 1990 e 2007, quando ali publiquei uma centena de artigos. Agora que muito se fala entre os pára-quedistas de questões relativas à b

TRANSPARÊNCIA NA DEFESA NACIONAL

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Na actual República (1974-2020) foram publicados pelo Ministério da Defesa Nacional 4 (quatro) “livros brancos”: 1986; 1992; 1999; 2015. Documentos de fundo sobre o tema, mais ou menos detalhados, em estilos diferentes, com informação não classificada sobre a Defesa Nacional e Forças Armadas. A partir de 1993 o Ministério da Defesa Nacional iniciou a publicação de um “Anuário da Defesa Nacional”, sempre com muito atraso, facto que se mantém senão agravou nos dois últimos governos. O último remonta a 2015 – recorda-se que deve ser publicado um por ano – e é um documento imprescindível, o único divulgado publicamente pela Defesa Nacional, para se poder avaliar a evolução das forças armadas em inúmeros aspectos.   A pergunta é, porquê este atraso em tempos de tecnologias instantâneas? A opinião pública não merece ver mais do que informação de carácter publicitário nas redes sociais? É um sintoma claro da falta de real transparência na Defe

MANGAS ARREGAÇADAS

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Vi o meu amigo Serrano Rosa a "falar" disso no seu Facebook, mas confesso que só agora percebi porquê a necessidade de uma "ordem verbal superior" sobre as "mangas arregaçadas", é que...o Regulamento de Uniformes é claro. Portaria n.º 345/2019 de 2 de outubro Regulamento de Uniformes do Exército. Condições de uso dos uniformes Artigo 4.º No interior de cada unidade, estabelecimento ou órgão (U/E/O) do Exército, compete ao respetivo comandante, diretor ou chefe regular o uso dos diferentes uniformes, artigos de uniforme e artigos complementares, consoante as condições climatéricas ou necessidades funcionais, através de despacho publicado na Ordem de Serviço. É mais um detalhe incrível, entre outros que se vão sabendo e nos deixam perplexos, de como os níveis de autoridade são meramente teóricos. No caso dos Pára-quedistas, "manga arregaçada" em cerimónias militares por exemplo, é uma tradição com mais de 60 anos, u

AS BOINAS “ESPECIAIS” NOS TRÊS RAMOS DAS FORÇAS ARMADAS PORTUGUESAS

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Se não for alterado o atual RUE a boina "verde caçador pára-quedista" passará apenas a ser usada apenas nos uniformes de trabalho e campanha e mesmo assim haverá pessoal especializado em pára-quedismo e mantendo a qualificação que nem mesmo com estes uniformes a poderá usar. Actualmente os Regulamentos de Uniformes dos três Ramos das Forças Armadas são aprovados por Portarias do Ministro da Defesa Nacional nos termos do Decreto-Lei n.º 249/95 de 21 de Setembro, no sentido «…de uniformizar para os três ramos das Forças Armadas o instrumento legal adequado à aprovação dos respectivos uniformes… ». Nos três ramos os Regulamentos de Uniformes referem-se cada uma das peças/artigos de fardamento, explica-se o que são (o material, feitio, cor, etc), a quem se destinam. Todos os regulamentos inserem Quadros/Tabelas em que se define em que circunstâncias e com que tipo de uniformes se usam cada um das peças/artigos. É exactamente nestes quadros que o Exército r

O EXÉRCITO E "AS BOINAS", SESSENTA ANOS DE RELAÇÃO DIFÍCIL

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No Exército Português a relação com as boinas foi sempre difícil. Não vou fazer aqui esse historial – fica para mais tarde – mas é um percurso de avanços e recuos, com boinas a serem usadas pelas unidades por instruções provisórias, despachos internos, depois outras sem autorização superior, depois proibidas, boinas a serem distribuídas de uma cor porque não havia outra disponível, boinas a serem finalmente autorizadas pelo Ramo em despachos internos mas não previstas no Regulamento de Uniformes, documento legal que o Exército (acreditem) não actualizou entre 1948 e 2011, uma profusão sem fim de insígnias de boina, enfim, uma história para contar. Finalmente em 2011 – 51 anos depois do ramo ter introduzido uma primeira boina castanha nos Caçadores Especiais – uma Portaria do Ministro da Defesa Nacional aprova o "Regulamento de Uniformes dos Militares do Exército" que prevê o uso de boinas. Um Despacho do Chefe do Estado-Maior do Exército desse ano, regula depois o

IMAGENS PARA A HISTÓRIA DO EXÉRCITO (II)

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Se nada for alterado, os militares paraquedistas não vão poder usar a boina verde com o uniforme n.º 1 no estrangeiro em missões de representação das Forças Armadas e de Portugal   As "boinas honoríficas" são muito bonitas e quem as recebe para as afixar numa parede ou museu agradece sempre muito, mas o que os militares de elite querem é usar as que conquistaram, prova do seu esforço e superação, e tudo farão para as defender e honrar! É isso que lhes dá valor, às boinas e a eles! Conquistar e usar, sempre, até no último acto ao cimo da terra! Parece-me que há muita gente que ainda não percebeu bem o que vai acontecer no Exército em relação às boinas verde, vermelha e verde-seco. Sendo certo que este novo regulamento de 2019 (em conjunto com outras medidas nomeadamente em relação aos Curso de Pára-quedismo Militar) veio introduzir uma medida acertada que é acabar com a proliferação de boinas por todas as unidades do ramo - por vezes várias cores num único pelotã

IMAGENS PARA A HISTÓRIA DO EXÉRCITO (I)

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Enquanto não for alterado o “Quadro III” do actual Regulamento de Uniformes do Exército, não voltaremos a ver um Chefe do Estado-Maior do Exército a usar a sua boina de origem. Estes anteriores Chefes de Estado-Maior do Exército eram oriundos, um das Tropas Comandos e outro das Tropas Paraquedistas, e usaram em muitas ocasiões as suas respectivas boinas. Se fosse hoje para cumprir o Regulamento: - Com o uniforme n.º 1 usariam o boné de pala; - Com o uniforme camuflado usariam a boina preta, com fitas verde e vermelha Caso um futuro CEME seja oriundo da Arma de Cavalaria desconheço se poderá usar a sua boina de origem ou se no momento de integrar o Corpo de Oficiais Generais passará a usar a boina “geral”? Na realidade os militares da Arma de Cavalaria foram autorizados por Despacho do CEME de 27NOV2019 a manter as suas tradicionais fitas amarela e vermelha, medida sensata e justa, tanto mais que os fundamentos para tal despacho se basearam em aspectos tende