O AFEGANISTÃO E OS MILITARES PORTUGUESES
No momento em que a queda de Cabul às mãos dos Talibãs e os comentários sobre o papel dos americanos e da NATO (pouco o de Portugal, curiosamente, parece que nem lá estivemos!) e nchem o espaço mediático, convém começar por lembrar o óbvio por vezes esquecido: os militares não partem para a guerra por vontade própria, mesmo os voluntários. Partem porque o seu governo assim o determina. Portugal nunca teve qualquer interesse directo no Afeganistão, como não tem por exemplo na República Centro Africana ou em vários outros locais onde serviram e servem militares portugueses. Os sucessivos governos portugueses determinam intervenções militares a pedido de outros países e organizações, e nestes casos ficam as nossas forças integradas em forças multinacionais. Os militares portugueses empenhados nestas missões – com excepções muito pontuais de especialistas, por exemplo médicos e enfermeiros – são voluntários, dos Quadros Permanentes ou em Regime de Contrato. Quando empenhados o que os...