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A mostrar mensagens de agosto, 2021

O AFEGANISTÃO E OS MILITARES PORTUGUESES

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No momento em que a queda de Cabul às mãos dos Talibãs e os comentários sobre o papel dos americanos e da NATO (pouco o de Portugal, curiosamente, parece que nem lá estivemos!) e nchem o espaço mediático, convém começar por lembrar o óbvio por vezes esquecido: os militares não partem para a guerra por vontade própria, mesmo os voluntários. Partem porque o seu governo assim o determina. Portugal nunca teve qualquer interesse directo no Afeganistão, como não tem por exemplo na República Centro Africana ou em vários outros locais onde serviram e servem militares portugueses. Os sucessivos governos portugueses determinam intervenções militares a pedido de outros países e organizações, e nestes casos ficam as nossas forças integradas em forças multinacionais. Os militares portugueses empenhados nestas missões – com excepções muito pontuais de especialistas, por exemplo médicos e enfermeiros – são voluntários, dos Quadros Permanentes ou em Regime de Contrato. Quando empenhados o que os

REVER A HISTÓRIA, O ASSALTO FINAL JÁ COMEÇOU?

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Está neste momento em curso uma “campanha” de revisão da História da segunda metade do Século XX português. Mais cedo do que muitos possam julgar isto vai acabar por “bater” nas Forças Armadas como instituição e em muitos veteranos da Guerra do Ultramar como indivíduos. Porquê agora?  - A conjuntura é favorável em termos de governo – socialistas com apoio pontual ora do Partido Comunista Português ora do Bloco de Esquerda e início das longas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, certamente com generoso orçamento;  - Talvez também pelos seus principais dinamizadores sentirem o tempo a fugir, afinal de contas a ordem natural da vida é o que é, para todos, nada a fazer, e querem deixar a “sua história” consolidada para a eternidade; - E, certamente não menos, a autojustificação dos que foram actores menores na descolonização, os principais já nos deixaram e talvez por isso o assunto tem sido adiado desde então. Criminalizando-se agora e amplificando os actos dos portugueses que comba