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Livro "A BOINA VERDE DAS TROPAS PARAQUEDISTAS PORTUGUESAS"

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A BOINA VERDE DAS TROPAS PARAQUEDISTAS PORTUGUESAS, História, Legislação, Tradições e o seu uso desde 1955. Miguel Silva Machado - 2022 Este livro conta em detalhe a história da boina de cor verde, a primeira a ser usada por uma especialidade militar em Portugal, as tropas paraquedistas.   Profusamente ilustrado com mais de 100 fotografias ao longo de 200 páginas, algumas absolutamente inéditas, relata-se como nasceu a boina e as diferentes simbologias que usou desde 1955. É apresentado o suporte legal que durante os anos na Força Aérea regulavam o seu uso, os problemas decorrentes da falta de legislação uma vez transferidos os paraquedistas para o Exército, a nova regulamentação e os acontecimentos de 2021 que deram origem a novas mudanças no uso da boina apenas concretizadas já em 2022. O livro inclui ainda um capítulo dedicado ao novo memorial em honra dos fundadores das tropas paraquedistas – Exordium –que se encontra no Regimento de Paraquedistas e uma republicação de a

EXORDIUM - MEMORIAL DE HOMENAGEM NO REGIMENTO DE PARAQUEDISTAS

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Exordium - princípio, origem : da esquerda, Coronel Santos Costa, Capitão Martins Videira, Brigadeiro Heitor Almendra, Capitão Mário Robalo, Tenente-Coronel Kaúlza de Arriaga. A presente obra perpétua às geradoras futuras os principais líderes do processo de criação e consolidação das Tropas Paraquedistas Portuguesas. A enquadrar lateralmente, são representados os decisores políticos que a conceberam e implementaram – à esquerda, Santos Costa, Ministro da Defesa Nacional (1950/58); na lateral oposta, Kaúlza de Arriaga, Secretário Estado da Aeronáutica (1955/62). No painel central identificam-se os principais Comandantes atores diretos do processo. O artista plástico diferencia-os em linhas de tempo distintas dando profundidade na sua disposição e projetando no ponto de fuga da composição artística o presente e futuro dos líderes que dão e darão prossecução à estrutura de forças Paraquedistas. Ao centro identifica-se o Capitão Videira, brevetado n°1 e primeiro Comandante do Batalhão de

Nunca mais! E aí estamos nós de novo a assistir…

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Passam agora cerca de 30 anos que a Bósnia e Herzegovina esteve a ferro e fogo, nomeadamente a sua capital Sarajevo. Muito se escreveu então e depois sobre a destruição, a morte e os feridos, os milhões de refugiados. Realidades tremendas, com nomes, não se tratou de ficção. “Nunca mais!”, proclamou-se bem alto como tantas outras vezes ao longo da história, mas há sempre uma boa desculpa de um qualquer líder ou líderes, para voltar a acontecer. E aí estamos nós de novo a assistir. Tanto que se pode dizer, e claro que o pior o mais dramático, envolve as pessoas, mas a seu tempo outras dimensões da bestialidade começam a surgir, como o património perdido, parte nunca mais recuperado. Por se estar a antecipar mais destruição numa cidade que é reconhecidamente rica em património, Odessa, além claro de Kyiv, recordei este livro de um amigo italiano, que não devia ter sido necessário escrever. Quantas cidades da Ucrânia estão a ficar e vão ficar profundamente marcadas pela guerra? Miguel Sil

BOINA VERDE CONTINUA EXCLUÍDA DA LEGISLAÇÃO MILITAR PORTUGUESA

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Incrível, mas verdadeiro. Os paraquedistas no Exército Português usam hoje a boina verde sem fundamento legal. O mesmo para as Operações Especiais e Comandos, com as boinas verde-seco e vermelhas, respectivamente.   14AGO1955, cerimónias comemorativas do Dia da Infantaria na Avenida da Liberdade em Lisboa. O Presidente da República, General Craveiro Lopes, entrega ao Capitão Armindo Martins Videira o Guião do Batalhão de Caçadores Paraquedistas.  A Portaria do Ministro da Defesa Nacional n.º 345/2019 de 2 de Outubro que aprova o Regulamento de Uniformes do Exército (RUE), assinada pelo ainda titular da pasta, João Titterington Gomes Cravinho, excluiu qualquer referência à boina de cor verde, usada pelas Tropas Paraquedistas Portuguesas desde 1955. Assim, pela primeira vez em mais de 60 anos, na legislação publicada sobre os uniformes que as Tropas Paraquedistas devem usar, não há uma única referência à “boina verde”. Desapareceu da legislação portuguesa publicada em Diário da Repúb

BOINA VERDE NO EXÉRCITO, A ORIGEM DO ERRO E UMA SOLUÇÃO

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Neste artigo faz-se uma síntese da história recente neste assunto e propõe-se uma frase para resolver a confusa situação actual: “ a boina verde é atribuída aos militares que concluem o Curso de Paraquedistas e pode ser usada pelos militares do Exército que mantiverem a qualificação em paraquedismo militar ”.   Em 1994 deu-se uma mudança radical no modo como a boina verde era usada nas tropas paraquedistas (1955-1993), a qual está na origem da confusa e injusta situação actual. Nesse ano com a transferência da Força Aérea e integração no Exército dos paraquedistas, a boina verde, que tinha sido criada por Decreto em 1955 e constava da Portaria do Ministro da Defesa Nacional de 1991, Regulamento de Uniformes da Força Aérea (RUFA), passou a ser usada por determinações internas do Exército. Na realidade o ramo terrestre não tinha Regulamento de Uniformes do Exército (RUE) aprovado por Portaria do Ministro da Defesa Nacional e usava-se um projecto de RUE que circulava por determinaçã

PROTESTOS EM AVEIRO, 24OUT2021 (Parte I)

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  Ainda não consegui ver tudo o que se passou nesta ocasião para emitir opinião mais fundamentada, mas desde já quero deixar estas notas factuais que talvez interessem sobretudo a quem foi surpreendido com o sucedido. São factos, não há aqui uma linha de opinião. Presentes em Aveiro todas as gerações de paraquedistas, os que combateram no Ultramar – gente na casa dos 70 anos de idade – os do Corpo de Tropas Paraquedistas – na casa dos 40/50 – e os das Missões de Paz e Expedicionárias, muitos já incorporados no Exército a partir de 1994. Há antecedentes longínquos, intermédios, recentes e os últimos que foram a “luz verde” para estes protestos espontâneos: - A “Transferência” das Tropas Paraquedistas da Força Aérea para o Exército em 1994 , decisão política legitima mas executada de modo atabalhoado, sem ter em linha de conta toda a realidade existente no CTP e as razões do seu sucesso como organização militar, sobretudo a grande autonomia existente no seio da Força Aérea; -

O AFEGANISTÃO E OS MILITARES PORTUGUESES

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No momento em que a queda de Cabul às mãos dos Talibãs e os comentários sobre o papel dos americanos e da NATO (pouco o de Portugal, curiosamente, parece que nem lá estivemos!) e nchem o espaço mediático, convém começar por lembrar o óbvio por vezes esquecido: os militares não partem para a guerra por vontade própria, mesmo os voluntários. Partem porque o seu governo assim o determina. Portugal nunca teve qualquer interesse directo no Afeganistão, como não tem por exemplo na República Centro Africana ou em vários outros locais onde serviram e servem militares portugueses. Os sucessivos governos portugueses determinam intervenções militares a pedido de outros países e organizações, e nestes casos ficam as nossas forças integradas em forças multinacionais. Os militares portugueses empenhados nestas missões – com excepções muito pontuais de especialistas, por exemplo médicos e enfermeiros – são voluntários, dos Quadros Permanentes ou em Regime de Contrato. Quando empenhados o que os