PARAQUEDISTA, CONHECES A TUA HISTÓRIA? O ESSENCIAL DA HISTÓRIA DAS TROPAS PARAQUEDISTAS
Este “livro de bolso” publicado em Janeiro de 2025 e agora em distribuição tem características que gostava de explicar, e também descrever um pouco como apareceu, no fundo a sua própria pequena história.
É uma síntese, a intenção foi mesmo abordar o que considerei essencial, não se procure aqui mais do que isso. Encaixa-se numa ideia antiga – estava eu a iniciar este gosto pela nossa história aí pelos anos 90 do século XX – de distribuir a cada novo boina verde, um pequeno opúsculo que o elucidasse sobre a Família a que acabava de se juntar. Em anos recentes novamente esta possibilidade foi falada no âmbito da União Portuguesa de Paraquedistas, mas o assunto acabou por não se concretizar.
Tem como primeiro público-alvo, os paraquedistas que estão no activo, especialmente os mais jovens, dar-lhes a conhecer o que antecedeu a sua chegada à Instituição, embora naturalmente também possa ter interesse para os que já saíram. Tem informação até à actualidade, podendo assim satisfazer a sua curiosidade sobre a evolução das Tropas Paraquedistas depois da sua permanência no activo.
Trata-se de informação bastante resumida sobre muitos dos factos que transformaram os paraquedistas numa tropa de elite. Cada um destes pequenos textos encerra na realidade assunto para um livro. Apesar de muito resumidos espero tenham a capacidade de despertar interesse para futuras leituras mais detalhadas.
Cada um dos seus pequenos 35 textos com tempo de leitura médio de meio-minuto, é um compromisso muito difícil entre espaço e a informação disponível que é muita. E assim é porque o que despertou, agora, a elaboração do livro foi a escrita de textos, cada um com 11/12 linhas, cerca de 700/800 caracteres, destinados a poderem ser utilizados nas paredes – daí serem pequenos e de leitura rápida – de um futuro Centro Interpretativo das Tropas Paraquedistas que a Direcção de História e Cultura Militar do Exército e o Regimento de Paraquedistas (com a colaboração da Câmara Municipal da Barquinha, Para-Clube Nacional "Os Boinas Verdes" e União Portuguesa de Paraquedistas), estão a planear para ser construído em Tancos, no Regimento de Paraquedistas. Tendo elaborado este trabalho, com gosto, mas sem naturalmente saber se e quando serão utilizados, nem se serão exactamente assim usados, ocorreu-me juntar a estes mais uma série deles – os relativos à actualidade, ao espírito de corpo e aos nossos mortos – e concretizar a tal ideia antiga de distribuir esta informação aos novos paraquedistas.
Leva na capa o distintivo de boina actual, aquele que os boinas verdes hoje conquistam, o qual, recordo, é, pela segunda vez na nossa história, agora desde 2003, um distintivo exclusivo dos paraquedistas. Anteriormente, entre 1955 e 1961 também usamos um exclusivo, sendo depois todos os outros ou comuns à Força Aérea ou ao Exército. O fundo azul da capa e letras a preto foi inspirado em antigos manuais do Regimento de Caçadores Paraquedistas.
Isentando-os de qualquer responsabilidade em erros ou omissões, agradeço ao Tenente-Coronel SG/Paraquedista José da Fonseca Barbosa, ao Sargento-Mor Paraquedista Carlos Canas e ao Sargento-Chefe Paraquedista António Sucena do Carmo - camaradas com os quais partilho a paixão pela nossa história - a revisão do texto, correções e sugestões. O trabalho final ficou bastante melhorado com o seu cuidado. Ao Diogo de Góis Figueira, antigo Furriel Miliciano Paraquedista agradeço a elaboração do desenho do distintivo de boina que embeleza a capa.
Ao António Regedor Amaro, do Grupo Milícia, também ele um boina verde, Sargento Miliciano Paraquedista, agradeço o apoio que permitiu a concretização desta publicação e a sua distribuição alargada.
Este livro, da investigação à produção, não custou um cêntimo ao Estado Português.
O espaço final dedicado às Notas Pessoais, gostava que servisse para cada um aqui recordar os momentos mais marcantes da sua vida de paraquedista. Do primeiro dia na Casa-Mãe ao nome do comandante de secção e de pelotão da instrução básica, do nome do instrutor do curso de paraquedismo à data do primeiro salto em paraquedas. As missões depois executadas, os exercícios, factos outros que cada um bem entenda sobre a sua vida militar. Daqui a uns 20, 30 ou 40 anos, quem sabe, pode ser que essas notas ainda venham a ser úteis para alguém escrever, mais uma vez, a nossa história!
Errata. Bem me incomodam, mas apesar das muitas revisões e de serem factos mais do que sabidos, a realidade é que os erros e gralhas aparecem no papel impresso:
Páginas 10, 7.ª linha, onde se lê: “1955”; deve ler-se; “1956”
Página 25, 2.ª linha, onde se lê: “Kaúlza de Arriaga, então governador da Província e Comandante-Chefe”; deve ler-se: “Kaúlza de Arriaga, então Comandante-Chefe”
Página 47, onde se lê: “verso da contra-capa” deve ler-se “verso da capa”
Página 48, onde se lê: “verso da capa”; deve ler-se: “verso da contra-capa”.
Expostas as finalidades e características deste pequeno “livro de bolso”, e até estas "inconveniências" das quais me recrimino e peço desculpa, serão os leitores a ajuizar se o conseguimos ou não aquilo a que nos propusemos. Boa leitura!
Nota final.
Este "livro de bolso" será distribuído gratuitamente a todos os paraquedistas em serviço activo neste ano de 2025 - é uma oferta do autor e do Grupo Milícia - através da União Portuguesa de Paraquedistas que assume a sua distribuição pelas unidades paraquedistas.
Para os paraquedistas fora do activo interessados está à venda por 5,00€ (portes incluídos para Portugal), e os pedidos podem ser feitos para: info.operacional.prt@gmail.com
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