PODE PARECER MAS O PROBLEMA NÃO É "...O EXÉRCITO"
Quem nunca
conheceu o ramo terrestre pode ter uma ideia que não é justa. Em Tancos desde
1994, no Exército, já foram formados milhares de boinas verdes em cursos iguais
aos de sempre. Os páras que combatem hoje na RCA foram formados no Exército.
Bem entendido
que sempre preferi a Força Aérea Portuguesa mas servi no Exército
Português com profissionalismo e na medida das minhas capacidades como
tantos outros antigos pára-quedistas da Força
Aérea. Entre 1994 e 1997 estive nas unidades do CTAT/BAI, depois no Exército
até 2001 e no EMGFA até 2005, mantendo sempre a qualificação pára-quedista.
Isto "das
boinas" não é contra o Exército, muitos dos seus militares estão
indignados e irritados com a situação! O que está em causa é a medida em si,
sem sentido e contraproducente para o próprio ramo terrestre!
O Exército
tem muita e muita gente boa!
Recordo
que neste ramo até me foi possível dizer e escrever livremente o que pensava.
Claro que não foi aproveitado, mas ficou publicado no Jornal do Exército, em
Junho de 2003.
Aqui fica
o artigo completo, e as soluções que apresentei. Leiam as "soluções"
e vejam se não tinha sido simples:
«...Soluções
Uma das soluções para voltar a normalizar esta situação, sem recorrer a soluções tipo “nivelar por baixo” e passar tudo a usar um barrete igual, numa altura em que a motivação dos militares é mais necessária do que nunca, poderia ser:
- O caso da boina castanha e da boina preta não parece ser problemática e está normalizado.
- O caso da boina verde poderia ser resolvido reconhecendo que a anterior legislação estava bem feita e deveria voltar a ser aplicada. Após a conquista da boina verde, desde que o pára-quedista mantivesse a qualificação, poderia continuar a usá-la (...) a boina verde nunca foi uma boina de unidade, mas esteve sempre ligada à manutenção da qualificação (avaliada anualmente – entre 1956 e 1981 semestralmente – e semestralmente – entre 1982 e 1993.
- No caso da boina vermelha parece lógico que, de novo, apenas a pudessem usar os militares com o curso “Comando” e em serviço na unidade “Comando”. O mesmo procedimento poderia ser adoptado para a boina verde-seco utilizada pelas operações especiais.»
Uma das soluções para voltar a normalizar esta situação, sem recorrer a soluções tipo “nivelar por baixo” e passar tudo a usar um barrete igual, numa altura em que a motivação dos militares é mais necessária do que nunca, poderia ser:
- O caso da boina castanha e da boina preta não parece ser problemática e está normalizado.
- O caso da boina verde poderia ser resolvido reconhecendo que a anterior legislação estava bem feita e deveria voltar a ser aplicada. Após a conquista da boina verde, desde que o pára-quedista mantivesse a qualificação, poderia continuar a usá-la (...) a boina verde nunca foi uma boina de unidade, mas esteve sempre ligada à manutenção da qualificação (avaliada anualmente – entre 1956 e 1981 semestralmente – e semestralmente – entre 1982 e 1993.
- No caso da boina vermelha parece lógico que, de novo, apenas a pudessem usar os militares com o curso “Comando” e em serviço na unidade “Comando”. O mesmo procedimento poderia ser adoptado para a boina verde-seco utilizada pelas operações especiais.»
Miguel Silva Machado 15JUL2020
Comentários
Enviar um comentário