ASSOCIATIVISMO PARAQUEDISTA, SERÁ AGORA?



Não vale a pena fazer aqui a história do Associativismo Pára-quedista, pode sintetizar-se como um enorme esforço de boas-vontades e apego ao espírito criado em Tancos durante o serviço militar, mas também um rol de desencontros e iniciativas individualistas, raras vezes com continuidade.
Terá que ser assim?
Se o militar pára-quedista sabe que “no ar está sozinho é só ele e o pára-quedas”, será este o nosso destino, a desunião?
Sou dos que acreditam que não!
Se depois da aterragem e da dobragem sumária, reorganizamos e vamos cumprir a missão, sempre olhando para o binómio para ninguém ficar para trás, também agora, passados os anos de serviço activo, podemos e devemos reorganizar e cumprir esta última missão, a união com objectivos comuns.
A história dos pára-quedistas já sofreu muitas e graves afrontas não vou agora detalhar, mas por estes dias que correm estamos perante um dos maiores ataques ao espírito pára-quedista e à mística da boina verde, senão mesmo o maior, desde a fundação em 1955.
Parece pois que cabe aos que um dia conquistaram o direito de usar a boina verde a missão de a defender na praça pública e perante as autoridades militares que por desconhecimento ou má-fé, tomam medidas tendentes a desvirtuar o seu simbolismo.
A solução será criar mais associações, fazer reuniões intermináveis para decidir coisa nenhuma por causa de egos ou traumas do passado? Atacar este ou aquele boina verde, mesmo publicamente nas redes sociais porque é isto ou foi aquilo? Não!
Acredito que o tempo é de cerrar fileiras na União Portuguesa de Paraquedistas na qual alguma coisa poderá ter que ser mudada se necessário for, mas é ali que a batalha terá que se travar.
O espirito tem que ser o mesmo dos “Grifos de 63” e dos “50 anos de brevet em Tancos”.
Se não for agora que se consiga por para trás das costas tudo o que o impeça, o “inimigo” vencerá mais esta “batalha”.
Que Nunca Por Vencidos Se Conheçam
Miguel Silva Machado, 14JUL2020

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