A PALAVRA DO CAPELÃO PARAQUEDISTA CÉSAR FERNANDES
Do Capelão Pára-quedista César Fernandes uma das figuras das Tropas Pára-Quedistas no período do
pós-Guerra do Ultramar, no CTP e já no Exército Português nas Missões de Apoio à Paz e Humanitárias, recebo a
seguinte missiva:
“Tenho a certeza que fui um dos capelães
Para-quedistas que, ao longo de 27 anos, mais
viveu, sentiu e se identificou com o espírito desta Força de excelência no
panorama das Forças Armadas Portuguesas.
Para melhor compreender a sua
mística, já com 28 anos, tirei o curso de Para-quedismo militar, conquistando
a boina verde e o brevet, algo de que muito me honro e que, ao longo de todos
esses anos, fui transmitindo aos mais novos.
Como capelão, ministrei
centenas de instruções, ensinando os hinos e o respeito a ter pelos nossos
símbolos.
Acompanhei muitas vezes as
Forças Nacionais Destacadas nos Balcãs.
O facto de ser um padre
Para-quedista que sai pela mesma porta da aeronave e de me aceitarem como um
igual, permitiu-me, nos momentos mais difíceis da primeira missão, apelar aos
900 militares para o seu espírito de corpo, o seu amor à boina verde e ao
brevet conquistados com tanto sacrifício.
A mística de uma Força
militar como são os Para-quedistas e o amor aos seus símbolos não poderão ser
destruídos de ânimo leve.
Agradeço às altas
instâncias militares que façam uma reflexão mais aprofundada sobre o uso da
boina verde que é um direito adquirido.
Obrigado.”
Bem hajas César!
Miguel Silva Machado 14JUL2020
Comentários
Enviar um comentário